
Origem da Escola - "Bloco Paulistano"
No Largo de São Roque (hoje praça Ivar Saldanha) em uma mesa de dominó
"Mestre Dito" e a Consolidação da Turma da Mangueira
resistiu, consolidou e construiu as bases da Mangueira que usufruímos hoje
"Zé Pivó", o poeta do Samba!
Talento, simplicidade e maestria para compor.
Início da década de 90, conquista da sede própria.
Articulação, amizade e persistência.
1928
A origem - "Bloco Paulistano"
No dia 25 de dezembro de 1928, um grupo de 11 amigos reuniram-se para jogar dominó sobre as sombras de mangueiras existente no Largo de Roque, onde havia uma capela do referido santo, no bairro do João Paulo. Na oportunidade, resolveram criar uma brincadeira carnavalesca chamada "Bloco Paulistano".
Os 11 amigos: D Zuleide Izaura Costa de Oliveira, José Pacífico de Moraes (conhecido como "Bicas"),José Pará, Waldimiro Fonseca, Inácio Guribu, José "Santinho", Francisco Xavier Pereira (conhecido como Chicó), João Bagre, Waldemar Fininho, Marcelino e Paulo Guribu
Passa a ser denominada
Turma da Mangueira
Em 25 de dezembro de 1929, o mesmo grupo dos 11 amigos acrescentado de mais 5 (Raimundo Messias, Euzébio Pereira, Antônio Rafael Coutinho, conhecido como Pilão, Valdemar "Mijuca" e Boizinho) encontraram na casa de D. Zuleide, enquanto aguardavam a chuva aliviar resolveram discutir um novo nome para o Bloco Paulistano. Por sugestão da Dona da casa, colocaram Turma da Mangueira, fazendo referência às mangueiras do Largo onde normalmente o grupo se reunia para o costumeiro jogo de dominó. Naquela ocasião, D. Zuleide foi nomeada coordenadora da brincadeira, cargo equivalente ao de presidente atual
Junção com o Bloco Boêmios do Samba
Não sabemos precisar exatamente em que momento a Turma da Mangueira se junta ao bloco Boêmios do Samba, também do João Paulo, comandado pelos irmãos Raimundo Ciro Costa (Mestre Dito) e José Ribamar Costa (Zé Pivó), além de Odeol Oliveira dos Santos, José Apolônio Martins; Raimundo Carvalho Aguiar e Higino Frazão Dias, tornando-se uma das Turmas mais destacável e querida do carnaval maranhense. Suas cores até então, preto e branco, foram acrescidas do verde e rosa, já por influência da homônima carioca.
Início dos desfiles das Escolas de Samba no Maranhão
Em 1974, ocorre o primeiro desfile de escolas de samba no Maranhão, promovendo uma profunda transformação nas manifestações carnavalescas locais. Com pouquíssimas exceções, a grande maioria das Turmas de Samba e blocos carnavalescos transformaram-se em escolas de samba. Na fase áurea, a ilha de São Luís chegou a ter mais de 30 participantes nos desfiles oficiais organizados pela Prefeitura de São Luís.
Mestre Dito e a consolidação da Turma da Mangueira
Dos meados da década de 70 até os meados dos anos 80 foi talvez a fase mais delicada para as escolas de samba no Maranhão. Dois terços delas desaparecem nesse período, não aguentaram o impacto da mudança de bloco ou turma para escola, por conta dos altos custos dos desfiles e da absoluta falta de apoio do poder público. A entidade ficou esse intervalo sob o comando de Raimundo Ciro Costa, mestre Dito da Mangueira, que não só resistiu, como consolidou a brincadeira, construindo as bases da organização que usufruímos hoje. Foi durante seu comando que a escola finalmente adquiriu sua sede definitiva, transformando-se no principal equipamento social do João Paulo.
Zé Pivó, o poeta do samba!
No carnaval de 1979, a agremiação levou para o desfile um grande bolo, comemorando seus 50 anos, feito em dezembro 1978. Com uma composição emblemática e inesquecível do saudoso Zé Pivó, a escola não venceu, porém conquista, a partir dali a simpatia da cidade.
Nasce Juridicamente a Associação Recreativa, Beneficente e Cultural Escola de Samba Turma da Mangueira
No dia 27 de setembro de 1981, nasce juridicamente a Associação Recreativa, Beneficente e Cultural Escola de Samba Turma da Mangueira, ocasião que foi eleita a primeira diretoria da entidade para o período de 1981/1985, cujo presidente foi Wellington Raimundo Lago.
Modernização da escola
No início da década de 90, uma série de mudanças transformaram completamente a entidade. Foram criadas coordenações para dinamizar e modernizar a gestão. Assumem o comando junto com seu Dito, Paulo de Tarso, Cidália Costa e Oziel Ferreira Neto, que convidam Itamilson Lima e Washington Coelho para coordenar a equipe de arte da escola, conquistando assim o título do extinto grupo B, levando a escola ao grupo A, no ano seguinte.
A escola assume papel sociopolítico dentro da Comunidade
Em 1995, assume a presidência Paulo de Tarso, que conduz a Mangueira a uma postura diferente, passando a se reconhecer como uma instituição sociopolítica importante dentro da comunidade. Oficinas, cursos, seminários passam a fazer parte da rotina entidade. Em 2006, a escola desfila com um enredo que homenageava o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, que comemorava seus 20 anos.
O Comando da escola retorna a família Costa
Em 2007, o comando da escola retorna a família Costa. Assume a presidência, Cidália Costa, que implementa várias mudanças no modelo de gestão e traz de volta várias pessoas que haviam se afastado.
Reaproximação da escola com a Comunidade
Em 2011, chega a presidência Oziel Costa Ferreira Neto, filho de Dr. Ferreira, compadre de seu Dito e membro da velha guarda da escola na época. Ilustre referência da comunidade, assume com o propósito de reaproximar a escola da comunidade.
A entidade retoma definitivamente seu papel sociopolítico
A partir de 2015, com Itamilson Lima no comando, a Escola passa por outro profundo processo de transformação, tornando-se definitivamente uma das grandes agremiações do carnaval maranhense, fazendo, no carnaval do ano seguinte, o desfile mais luxuoso da escola. Após o término da temporada, uma série de reformas são implementadas na sede, a escola avança na aproximação com a comunidade, promovendo distribuição de cestas básicas, assumindo a organização dos festejos juninos e das festas de fim de ano, com direito a show de Fernando de Carvalho e o Coral São João. Em parceria com a comunidade montou uma grande ceia de natal coletiva. A entidade retoma em definitivo seu papel sociopolítico e passa a intercalar aos eventos festivos promovidos na parte externa da sede, cursos, oficinas, palestras e seminários em seu interior.
Maria Firmina, primeira romancista brasileira é enredo da Mangueira em 2020
Ainda sob o comando de Itamilson Lima (2º mandato), em 2020, a escola resolve aproveitar o foco da temporada carnavalesca para fortalecer a história de Maria Firmina dos Reis, primeira romancista brasileira, escritora negra, maranhense, nascida em São Luís, que durante muitos anos teve sua obra invisibilizada. Firmina que nasceu em São Luís, viveu a partir dos cinco anos na pequena e pitoresca Guimarães, litoral ocidental maranhense. Além da boa reflexão, fez um lindo e emocionante desfile.
Desafios do setor cultural no pós-pandemia
Em 2023, a escola passa a ser conduzida por Claudenir Rodolfo, que assume com a intenção de dar continuidade aos modelos de gestão anteriores, porém com um desafio muito grande, já que o segmento cultural do país começava a se reconstruir em razão do desmantelo ocasionado pela pandemia do Covid-19.

Estandarte da Tradição
Um estandarte exclusivo que simboliza a força e a tradição da Mangueira

Tambor da Resistência
Clique no ícone para adaptá-lo
aos seus propósitos.

Coroa da Rainha
Uma peça única feita à mão, com detalhes inspirados na história da Mangueira e na cultura local, usada pela rainha de bateria nos desfiles e eventos.

Medalha do Centenário
Uma medalha comemorativa criada especialmente para celebrar os quase 100 anos da Mangueira. Inclui gravuras do ano de fundação (1928) e marcos históricos da escola.
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